Coronavírus é o nome de um dos maiores desafios da humanidade dos últimos tempos. Está afetando comunidades de múltiplos continentes, 118 países e até a data em que esse artigo foi escrito foram relatados 125.000 casos ao redor do mundo.

Os impactos dessa pandemia a nível mundial afetou não somente a saúde pública como, também, a economia e a sociedade. Desde as formas de se relacionar até mesmo as formas de fazer negócio.

Esse artigo tem o objetivo de esclarecer alguns pontos:


Confira!

1. O que é coronavírus?

O COVID-19 (coronavírus disease 2019) é uma doença infecciosa causada pelo coronavírus. Seus sintomas podem variar desde um resfriado até a causa de graves problemas respiratórios.

Os principais sintomas que temos noção até agora são:

  1. Tosse
  2. Febre
  3. Problemas respiratórios, como falta de ar
  4. Congestão nasal, coriza ou conjuntival
  5. Dificuldade para deglutir
  6. Dor de garganta;
Principais sintomas do COVID-19 (Coronavírus)

Na Plataforma Integrada de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (IVIS) estão todas essas informações atualizadas pelos municípios, estados e pelos dados da OMS.

Como não existe, ainda, uma cura para o COVID-19, o trabalho dos médicos atualmente vem sendo para conter esses sintomas e a própria disseminação do vírus. Por isso, a maior preocupação de todos os países é uma peculiaridade do COVID-19 que é sua alta taxa de transmissão.

Apesar de ter uma taxa de mortalidade baixa, o seu contágio é super potencializado pelo fato de ser por contato próximo com pessoas infectadas por meio de micro gotículas de saliva expelidas no ar.

A alta taxa de transmissão, sem previsão de cura e com o aumento constante do número de infectados levaram a OMS fazer um apelo, recentemente, a todas as nações afetadas que tomem as medidas corretas para prevenir, reduzir e conter o número de transmissões e mortes causadas pelo COVID-19.

1.2. Medidas preventivas básicas de higiene diária

  1. Lavar bem as mãos com água e sabão;

  2. Evitar o contato com olhos, nariz e boca;

  3. Cobrir o nariz e a boca ao tossir ou espirrar;

  4. Evitar aglomerações;

Cuidados básicos de higiene para evitar e previnir o COVID-19 (coronavírus).

O apelo de medidas a serem tomadas são para todos, sem exceção, em todos os lugares. E mesmo depois de todos os alertas da ONU e da OMS, muitos países estão falhando com seus compromissos políticos de medidas preventivas eficazes e isso aumenta a preocupação a nível mundial. Por isso, estamos caminhando para um cenário de isolamento social temporário. Aeroportos fechados, viagens canceladas, fronteiras rigorosas, quarentenas em larga escala nas grandes cidades sujeitas a multa, home office, queda nos gastos dos consumidores e empresas assim como indústrias paralisadas.

Caso você precise de mais informações, confira o artigo do The Washington Post que ressalta a importância do distanciamento social e de respeitar a quarentena.

2. Como fica a economia no meio disso tudo?

De acordo com uma pesquisa e análise da McKinsey & Company, temos dois cenários a se considerar:

O primeiro cenário é o de uma recuperação tardia da crise por causa do Coronavírus. Como muitos países estão demorando a tomar algumas medidas políticas de conscientização e precaução é possível que se acentue nesses lugares.

Demorar a tomar as medidas não significa que não serão tomadas, portanto, a expectativa de recuperação é positiva e visível e espera-se que até o final do segundo trimestre o surto esteja sob controle considerando que os países por mais que tardios já terão tomado as medidas necessárias, abrindo espaço para uma possível recuperação na economia a partir daí.

“Nesse cenário, de isolamento social contínuo, os consumidores ficam em casa, as empresas perdem receita e demitem trabalhadores, e os níveis de desemprego aumentam bastante. Os contratos de investimento empresarial e as falências corporativas aumentam, pressionando significativamente o sistema bancário e financeiro.” — WHO, McKinsey Intern Analysys

No segundo cenário considera-se que a crise irá se prolongar até o final do ano porque até as medidas tomadas pelos países surtirem o efeito de controle serão forçados a manter algumas medidas de saúde pública em vigor para impedir que o surto chegue ao ápice novamente.Nessa situação a sociedade tende a manter o corte de gastos e por isso a demanda continuará baixa.

“Nos setores mais afetados, o número de demissões e falências corporativas aumenta ao longo de 2020, alimentando uma espiral descendente auto-reforçada. O impacto econômico global é severo, aproximando-se da crise financeira global de 2008-09. O PIB contraiu-se significativamente na maioria das economias importantes em 2020, e a recuperação começa apenas no segundo trimestre de 2021” — WHO, McKinsey Intern Analysys

3. Como não deixar a PANDEMIA parar o meu negócio?

É possível concluir a partir dessa análise que os dois cenários econômicos exigem medidas emergenciais das empresas para dar continuidades às suas operações e manterem as oportunidades de negócio, é necessário adaptação.

Então como você pode segurar a barra que está por vir na sua empresa?

3.1. Gestão Remota da Equipe

O primeiro passo é proteger quem faz as engrenagens da empresa rodarem. Os trabalhos remotos, home office, são opções já utilizadas por muitas empresas mas caso você nunca tenha adotado essas medidas, aqui vão algumas dicas.

  1. Se você não utiliza ferramentas para controle de atividades e produtividades de equipe, é um ótimo caminho para ter análise e controle a distância. Plataformas como Asana, Trello e Wunderlist são ótimas para gerenciar as metas, projetos e atividades diárias.

  2. Faça calls de alinhamento diariamente, no início, ou com a frequência que achar necessário por meio de plataformas como Google Hangouts, Whereby e Zoom para repassar as demandas.

  3. Caso você acredite precisar de mais habilidades para gerenciar sua equipe de forma remota, você pode acessar o conteúdo da Officeless, uma plataforma de ajuda a implementar esse trabalho remoto.

Se a sua empresa não consegue de maneira alguma operar integral em home office, busque escalonar os seus funcionários em horários de trabalho flexíveis. Evite manter todos no mesmo ambiente por 8 horas consecutivas.

Pelo o que já sabemos, a melhor maneira de evitar nessa primeira onda de termos um problema semelhante ao da Itália, é nos isolarmos.

3.2. Cuidados com a saúde

Caso na sua empresa não exista essa possibilidade, reforce a importância da higienização e compartilhe conteúdos chamando a atenção de todos para esse cuidado.

Aqui vale a atenção.

  1. Higienize bem as mãos. Não só com álcool em gel, mas com sabonete também;

  2. Evite cumprimentar as pessoas com abraços e aperto de mão;

  3. Mantenha um distanciamento de no mínimo 1m dos seus colegas de trabalhos;

  4. Sempre que tossir ou espirrar, cubra com o cotovelo e imediatamente lave mãos e a área em volta.

  5. Evite realizar viagens nacionais e internacionais, mas caso seja necessário, faça uma re-avaliação com a diretoria.

3.3. Comunicação

Empresas que nunca realizaram esse tipo de trabalho precisam ter uma comunicação impecável para conseguir caminhar com as atividades nos primeiros 15 dias, afinal, exige de todos, do gestor a cada analista, muita disciplina e abertura para adaptação no primeiro momento.

Utilize sempre algum chat em grupo como Slack, Chat Google ou mesmo o Whatsapp para que todos se mantenham antenados no que está acontecendo no departamento, e nos outros projetos também. A proatividade, mesmo a distância, é sempre bem vinda.

3.4. Revisão de Processos

Se você está adotando essas medidas imagino que tenham muitas métricas e indicadores que possam ser afetados em meio a essas mudanças. Por isso, em uma situação de emergência como essa em meio a crise, é interessante estudar a revisão e análise dos processos do departamento e como você pode adaptá-lo para essa necessidade, afinal, temos metas a serem entregues e resultados a serem alcançados.

Pro Tip: Foque nos indicadores operacionais nesses momentos. Cobre o esforço da equipe em home office. Em momentos como esse de crise, cobrar e entender se o time está tentando desempenhar o trabalho é mais vantajoso do que o resultado em si. É um clima de incerteza. Ninguém quer se mover em um clima assim.

3.5. Plano de Vendas para não ser impactado pela crise

A área da sua empresa que certamente irá sofrer o maior impacto será a área de aquisição de clientes.

As pessoas estão vivendo um clima de incerteza e, qualquer tipo de decisão tem um grau de alerta maior. As empresas não sabem se conseguirão arcar com os custos do seu produto ou serviço

Se em um cenário de normalidade, desafiar o status quo de um potencial cliente já é um desafio, imagine agora?

Pois é… mas para manter on track o planejamento do seu ano (ou pelo menos distanciar menos do original) existe um checklist que você pode seguir agora mesmo.

  • Entenda o impacto direto no seu mercado pela crise do coronavírus]

  • Você vende eventos presenciais?

  • Mexe diretamente com turismo?

  • Possui um bar / restaurante?

Estude efetivamente o impacto DIRETO, a priori, desse novo surto no seu negócio e tente quantificar.

3.6. Desenhe estratégias diferentes para o mesmo produto!

A grande sacada aqui é entender que o seu produto ou serviço é o fim. O local de consumo é apenas um meio.

Ficou confuso? Eu te explico.

Se você é do ramo de eventos presenciais, continue seu cronograma mas de forma online e canalize todos os seus esforços de aquisição para lotar salas de transmissão ao invés de poltronas.

Se você é do ramo de bar / restaurantes, por que não focar os esforços em delivery proporcionando uma experiência incrível para o seu cliente mesmo em casa?

Em resumo, para quase todos os negócios existem meios de reeducar a maneira pela qual os seus clientes te acham e compram de você.

O hábito de consumir já é muito enraizado na sociedade. Seu papel é pensar em como ajudar o seu cliente a comprar de casa.

3.7. Tempos difíceis, medidas difíceis de oferta

Muitos negócios vão sucumbir diante da crise do coronavírus.

No entanto, outros irão conseguir aproveitar a oportunidade para aumentar a porcentagem de market share no seu cenário, através de boas ofertas de compra.

Se retomarmos o princípio básico que norteia a economia, vamos entender que em um cenário de baixa demanda, é necessário reduzirmos preço para equilibrar a oferta que temos do nosso produto / serviço.

Levando isso para a prática, agora é o momento ideal para campanha de ofertas exclusivas (exclusivas mesmo) que estimule o movimento dos decisores, para que diminua-se a percepção de “risco” envolvido em qualquer operação.

Normalmente aqui nesse blog defendemos (e ainda continuamos) o aumento da percepção de valor em detrimento de descer preço. Mas, tempos difíceis necessitam medidas de oferta difíceis.

Portanto estude alguma maneira de reduzir seu preço se sua demanda descer demais, podendo agregar mais coisas no pacote com o mesmo preço.

3.8. Invista em Inside Sales

É claro, linkando todos os outros pontos que temos discutido ao longo desse post, esse é o momento ideal e até forçado, de investir em uma operação inside sales / home sales

Se você tem vendedores de campo, invista em ferramentas para que eles consigam trabalhar de casa somente visite clientes caso realmente não tenha outro jeito.

Hoje em dia, é possível realizar a maior parte do processo de vendas de maneira remota. Da prospecção até assinatura de contrato. Seja você do segmento de software ou produto físico.

Pense em uma nova jornada de cliente que os traga pro ambiente virtual

Com isso, você constrói relevância para sua marca, ao entregar conforto para seus clientes e ainda reduz custo de operação.

Bom, espero que todas essas informações contribuam para a sua tomada de decisões, facilite a gestão da sua equipe e acelere as suas oportunidades de negócios em meio a tempos conturbados e incertos como estamos vivendo.

Tem alguma dúvida sobre o conteúdo? Fala com a gente!